Passamos um breve fim de semana em Viña del Mar. Por isso não tenho muito a pontuar.
É muito estranho ver as pessoas de roupa na praia debaixo de um p... sol. Cara, tudo bem que não é bom expor a pele, mas precisa ir de tênis e calça jeans?
O memorável episódio do La Gatita já foi contado uns posts atrás. Relembro porque é digno de nota dupla.
No domingo fomos a Valpo para visitar a casa do Neruda. Descobrimos que:
1) ele era malandro (ficou com a melhor parte da casa, que tinha várias obras de arte de uma amiga, e deixou a pior parte pra essa mesma amiga que tinha dado as obras de presente);
2) ele era biriteiro (não deixava ninguém ficar atrás do balcão do bar, exceto ele mesmo) e
3) ele era mulherengo (casou pela terceira vez com a amante do segundo casamento).
Que ele era um poeta, obviamente, não descobrimos ali.
Mas vale a pena transcrever o que ele escreveu ao amigo que chamou para morar na pior parte da casa:
“Siempre quisimos tener un punto nuestro en el Puerto, en donde estuviéramos rodeados por el sortilegio de Valparaíso. Por fin aquí, gracias a cada uno de Uds. y a nuestra insondable locura ha nacido hoy La Sebastiana. Los acogeremos en este primer día abriendo de par en par las puertas para Uds. y para siempre. Matilde y Pablo Neruda”
La Sebastiana era o nome da casa, em homenagem a quem a começou a construir, mas nunca morou lá, Sebastián Collado.
E depois de descermos ladeira abaixo, percebemos como Valparaíso está abandonada. É uma pena...
O outro
Mania humana: enxergar no outro o diferente. Exercer nele todo tipo de discórdia. E julgá-lo moralmente sem despir-se da própria moral. Ignorar suas qualidades, somente pelos seus defeitos. Fazer dele escravo do mundo. Ser-lhe indiferente. Encará-lo como pedra: o concreto que ergue "estranhas catedrais". E buscar em Deus legitimidade para isso.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
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