O outro

Mania humana: enxergar no outro o diferente. Exercer nele todo tipo de discórdia. E julgá-lo moralmente sem despir-se da própria moral. Ignorar suas qualidades, somente pelos seus defeitos. Fazer dele escravo do mundo. Ser-lhe indiferente. Encará-lo como pedra: o concreto que ergue "estranhas catedrais". E buscar em Deus legitimidade para isso.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Menina de sorte

Sabe, eu acredito na sorte... Sei que ela polemiza demais... Mas e aquele dia em que você saiu de casa, foi parar num lugar completamente diferente do que tinha planejado e acabou conhecendo o amor da sua vida? Não faltam histórias de executivos que tiveram que adiar uma viagem e escaparam de um acidente trágico. Afora a meia dúzia de números que mudou a vida de meia dúzia de pessoas... É claro que é preciso não dar sorte para o azar. Mas o fato é que mesmo quem tem esse mérito precisa da sorte para (sobre?)viver. E é a ela que eles devem agradecer, todas as noites. Podem chamá-la de Deus, não tem problema. Prefiro nominá-la sorte mesmo, porque não sou supersticiosa nem religiosa: só acredito no que vejo. Deus eu nunca vi. Também não vi o azar depois de passar sob a escada. Mas a sorte?... a sorte eu garanto que vi!