No fim de semana vimos Pachamama, documentário de Eryk Rocha.
O filme em si não é bom (perde muito tempo com tomadas desnecessárias ou com outras necessárias, mas que não conseguem atingir seu objetivo). Quando a coisa começa a ficar interessante, já é hora de sair do cinema.
Mas é nessa hora em que a coisa fica interessante que se ouvem frases de um indígena explicando o significado de Pachamama - "mãe terra".
Ele esclarece que Deus é a terra e que o motivo é simples: esse Deus, a mãe terra, existe, é real. Não se trata de uma abstração ou de um ente metafísico que nunca se viu, cuja espera é eterna e cuja presença é sempre incerta. Não, ele está aí, e nos ajuda a viver de verdade, pois seus frutos são reais: a batata, o milho, o arroz...
Pachamama e seus milagres são reais; um Deus de verdade...
Alguns posts atrás falei sobre a Santa Ceia. Retomo o texto para dizer: é isso o que ela representa para mim, um momento em que vemos as coisas acontecendo e sendo compartilhadas.
E parece que é isso o que Pachamama significa para os camponeses andinos.
Enquanto nós cremos para ver Deus, eles veem Deus, plantam em Deus e colhem em Deus, tudo para crer nele.
É... parece que eles são mais racionais que nós...
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