O outro

Mania humana: enxergar no outro o diferente. Exercer nele todo tipo de discórdia. E julgá-lo moralmente sem despir-se da própria moral. Ignorar suas qualidades, somente pelos seus defeitos. Fazer dele escravo do mundo. Ser-lhe indiferente. Encará-lo como pedra: o concreto que ergue "estranhas catedrais". E buscar em Deus legitimidade para isso.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Alcunha

Resolvi contar - aos poucos que ainda não sabem, mas permanecem curiosos - o porquê de o endereço deste blog raramente visitado ser www.fepeixinho.blogspot.com. É bem mais fácil explicar por que eleé raramente visitado (por causa do endereço, obviamente), mas tenho que fazer o contrário.
Não preciso dizer que Fê vem de Fernanda.
Peixinho... Bem, peixinho é assim: se você não acredita em coincidências vai passar a acreditar agora.
É que um tempo atrás chegou aqui na rua uma menina nova. O nome? Fernanda. Todo mundo chamava a guriazinha de Fê. Você sabe como é irritante ouvir seu nome, atender a criatura que está te chamando e descobrir que ela não estava te chamando, mas o seu homônimo.
E aí eu disse: é o seguinte! Essa mina tem que ter outro apelido! E me perguntaram por que ela e não eu. Simples: eu cheguei primeiro. O nome fica comigo. O apelido com ela.
Até que ela ficou bem na fita: Nanda.
Pois bem... Muito tempo depois, eis que estávamos dormindo no gabinete do diretor da faculdade, conheci outra Fernanda (a Lage da história da OAB que eu contei aqui no blog um tempo atrás).
Então a saga se repetiu.
- Fê!
- Ãhn...
- Não, é com a Lage que eu tô falando.
Dessa vez eu não fui boba nem nada, porque se inventasse que alguém tinha que ter apelido era eu que ia sofrer, porque ela tinha a prerrogativa do nome.
Mas alguém teve a idéia. E o consenso foi o mesmo: a primeira fica com o nome e asegunda com o apelido.
E ficaram dias a imaginar como me chamar. Alguém sugeriu de usar o sobrenome.
Agora, imagine você alguém me chamando de Peixoto por aí:
- Ô, Peixoto, chega aí, rapidinho!
Em certas circunstâncias (e faço questão de frisar isso, senão a família vai me estrangular), me chamar de Peixoto seria como chamar um bêbado no bar.
E se lembraram que eu andava levando pra servir de travesseiro no gabinete uma almofada em forma de peixe, que nem existe mais e que eu tinha ganho no aniversário de quinze anos. Quando soltaram essa, o outro consignou que eu era pisciana. Um terceiro disse que lambrava o sobrenome, porque também começavacom PEIX...
Eu sou peixinho...
E não é que a alcunha não me caiu mal?

Um comentário:

Tati Bertolucci disse...

tão pouco visitado não é que eu sempre apareço por aqui...
e não fala mal do nome que a família é foda. Infeliz do dia que eu pus o e-mail de tatibertolucci.... ouvi até a quinta generação... enfim...