O outro

Mania humana: enxergar no outro o diferente. Exercer nele todo tipo de discórdia. E julgá-lo moralmente sem despir-se da própria moral. Ignorar suas qualidades, somente pelos seus defeitos. Fazer dele escravo do mundo. Ser-lhe indiferente. Encará-lo como pedra: o concreto que ergue "estranhas catedrais". E buscar em Deus legitimidade para isso.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Na casa e no transporte público... mas na biblioteca não.


Se você quer ler no Rio fora do seu horário de expediente, possui duas opções:

1. sua cabeceira - ótimo para leituras de passatempo antes da soneca, depois do banho e do jantar; não possui horário-limte (só o seu mesmo).
2. o metrô - excelente opção para aproveitar aquele tempinho vago mas não tão vago e estudar (concurseiros e universitários de plantão, agarrem com força!).

Biblioteca? No Centro da cidade e em uma meia dúzia de bairros onde haja uma das poucas universidades privadas que levam a qualidade do ensino minimamente a sério você encontra outra meia dúzia de bibliotecas abertas entre 8:00 e 22:00. Mas elas fecham nos fins de semana. Universidade Pública? Também só de segunda a sexta. Horário mínimo: 9 da manhã. Horário máximo: 8 da noite.

Não há opção. Mesmo os centros culturais não abrem exceção ao horário de expediente para as bibliotecas, que acabam funcionando das 10:00 às 18:00, no máximo - pode procurar, passei duas hora na internet pesquisando.

Portanto, concurseiros, não trabalhem se não tiverem paz em casa para estudar (e isso é muito comum). Portanto, acadêmicos, tentem uma bolsinha mixaria daquelas do CNPq ou da CAPES para produzir alguma coisa. Só assim estarão livres para aquelas leituras que só se fazem nas bibliotecas.

PS: outro dia mesmo saiu reportagem sobre o hábito raro de leitura do brasileiro. As estatísticas são coincidência?

Um comentário:

bernardo disse...

o país lê pouco, há poucas livrarias, bibliotecas públicas...

Lá fora o pessoal lê muito nos cafés (e acessa a internet pelo notebook nas diversas redes wireless).

E apesar de ser um fã de leituras no metrô, acho que o melhor lugar mesmo é em casa.