O outro

Mania humana: enxergar no outro o diferente. Exercer nele todo tipo de discórdia. E julgá-lo moralmente sem despir-se da própria moral. Ignorar suas qualidades, somente pelos seus defeitos. Fazer dele escravo do mundo. Ser-lhe indiferente. Encará-lo como pedra: o concreto que ergue "estranhas catedrais". E buscar em Deus legitimidade para isso.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Para tomar fôlego I

Ultimamente parece que estamos sendo engolidos por um mar de injustiças e nele morrendo afogados.
Nessas horas, nada como um bom presságio, desses que mais parecem momentos de calmaria da maré e nos permitem respirar até que venha a próxima onda.
Dois me ocorreram há pouco no trabalho, e reproduzo um deles porque é contagiante. Quem sabe não te anime também?
Mas até a injustiça como também o Antidireito (isto é, a constituição de normas ilegítimas e sua imposição em sociedades mal organizadas) fazem parte do processo, pois nem a sociedade justa, nem a Justiça corretamente vista, nem o Direito mesmo, o legítimo, nascem dum berço metafísico ou são presente generoso dos deuses: eles brotam nas oposições, no conflito, no caminho penoso do progresso, com avanços e recuos, momentos solares e terríveis eclipses.
LYRA FILHO, Roberto. O que é Direito? 7.ª ed. Brasiliense, 1986, p. 121. O outro fica para o próximo post...

Um comentário:

bernardo disse...

fôlego grande esse! ;)