Da dança que extasia qualquer eu,
No caminho fez-se o medo pelo breu.
A casa, no térreo, se envolveu
Na ausência de um cão que faleceu.
Pavor de silêncio e de barulho
desvia no banho em que mergulho,
mas retorna na iminência de um esbulho.
Quando penso que está quase no final,
o telefone queda sem sinal.
E a notícia que se alastra soa mal:
espalha como o breu num vendaval.
A paz alivia o coração
quando enfim se esvai a solidão:
a mãe, o pai e um irmão.
Paz que não compensa este pavor,
mas permite, com todo o calor,
que se sonhe sob o amparo do amor.
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