Hoje foi o lançamento do tão esperado Livro Histórico do CACO - Centro Acadêmico Cândido de Oliveira.
O livro foi idealizado há alguns anos na tentativa resgatar a história de uma das mais importantes entidades estudantis do Brasil - talvez a mais importante - a partir de entrevistas de ex-diretores, ex-presidentes, ex-secretários e ex-militantes do CACO.
Tive receio em comparecer. Tenho lá minhas restrições quanto à atual gestão do Centro Acadêmico. Mas pensei: não pode a recente e triste história do CACO me desestimular a conhecer a antiga e gloriosa história do CACO!
Pois bem, lá estive, apesar do pouco tempo que eu tinha para aproveitar o evento.
Um misto de sensação nostálgica e frustrante tomou conta de mim. Quando fui Diretora de Imprensa do CACO, não consegui tocar uma vírgula daquele livro. Daí o sentimento de frustração. Mas, quando vi o livro, veio a sensação nostálgica.
Apesar de o lançamento soar, para mim, uma medida claramente eleitoreira, já que ocorreu um mês antes da eleição; apesar de não concordar com muitíssimas posturas desta gestão; apesar de considerá-la apática diversas vezes; apesar de muitas coisas não pude deixar de cumprimentar ao menos um dos atuais diretores pelo feito, que já se estendia por quase 8 anos, e ninguém conseguia finalizar. Eu fui uma das pessoas que não conseguiu.
Hoje, aprendi que, mesmo não concordando com algumas pessoas, devemos respeitar suas conquistas. Aprendi que não vale a pena insistir politicamente em algo para o qual não se tem perfil. Se tivesse sido outra pessoa o Diretor de Imprensa da minha época, talvez esse livro tivesse saído um pouco antes.
O fato é que a história do CACO mexe comigo. Mesmo quando eu já não faço mais parte dela. O livro está na minha frente. E nós estamos nos namorando agora (mesmo sabendo que, em relação à história recente, não concordamos em muita coisa)...
O outro
Mania humana: enxergar no outro o diferente. Exercer nele todo tipo de discórdia. E julgá-lo moralmente sem despir-se da própria moral. Ignorar suas qualidades, somente pelos seus defeitos. Fazer dele escravo do mundo. Ser-lhe indiferente. Encará-lo como pedra: o concreto que ergue "estranhas catedrais". E buscar em Deus legitimidade para isso.
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Um comentário:
Nem todas as conquistas merecem ser valorizadas: muitas delas só foram realizadas com muito cinismo, muita traição, muita falta de caráter. Celebrar uma conquista dessas como se fosse algo bom que tais pessoas podem fazer é comemorar o fat de que alguns conseguem se dar bem pisando em outros.
Vc fez parte dessa conquista. Tem seu mérito nisso tb. E não só os que pisaram nos outros para conseguirem o livro. Parabéns! Especialmente pela sua seriedade sempre.
Bjs,
Mari.
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